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November 30, 2024

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Relâmpagos negros bombardeando aviões com radiação ?

Relâmpagos negros bombardeando aviões com radiação gama ?Desde que Benjamin Franklin descobriu a natureza elétrica dos raios, o ser huma...


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Relâmpagos negros bombardeando aviões com radiação gama ?Desde que Benjamin Franklin descobriu a natureza elétrica dos raios, o ser humano acostumou-se a pensar que eles são “apenas” grandes faíscas elétricas. Entretanto, recentemente foi descoberto um fato perturbador sobre os raios: algumas vezes eles são invisíveis, consistindo em pulsos fortes de radiação.
Joesph Dwyer, um pesquisador de raios do Instituto de Tecnologia da Flórida (EUA), deu a este fenômeno o nome de “raios negros”. Junto com os raios brilhantes, disparos de raio-X e mesmo disparos poderosos de raios gama, eles ocorrem pelo menos uma vez a cada mil raios.
A radiação destes disparos invisíveis pode ter um milhão de vezes mais energia que a do raio visível, mas é uma energia que dissipa rapidamente em todas as direções, em vez de se concentrar em um filete de plasma, como o raio normal.
O problema do relâmpago negro é que não dá para saber quando a pessoa foi atingida por um. A maioria das exposições provavelmente acontece dentro de aviões que estejam atravessando tempestades. E basta um deles para os passageiros receberem a dose máxima segura de radiação ionizante, o tipo de radiação que causa mais danos ao corpo.
Felizmente, eles são pouco frequentes, e os pilotos costumam se esforçar para evitar nuvens de tempestade. Em um avião que fosse atingido por um destes relâmpagos negros, só se perceberia um leve brilho azulado do lado de fora da aeronave; dentro dela não daria para ver nada, a não ser que alguém tivesse um dosímetro, um dispositivo para detectar radiação ionizante.

Descoberta acidental dos Relâmpagos negros, origem misteriosa

A descoberta destes raios ocorreu de forma acidental. Basicamente, o ar é um isolante elétrico, o que significa que a eletricidade não consegue passar por ele. Mas fortes campos elétricos, como os que ocorrem quando uma nuvem fica carregada, podem romper o ar, criando um caminho condutivo.
O problema é que, após décadas de medições usando balões, aviões e foguetes, os cientistas não conseguiram localizar campos elétricos fortes o suficiente para romper a resistência do ar. Para descobrir o que causava a criação do caminho elétrico, eles começaram a medir a radiação dos relâmpagos que as tempestades emitem e descobriram então os raios gama e raios-X dos relâmpagos negros.
O que causaria estes raios extremamente fortes? Uma especulação é que elétrons super-rápidos, talvez acelerados após ser atingidos por raios cósmicos da atmosfera terrestre, vindos do espaço profundo, sejam a chave. A teoria é que estes elétrons energéticos colidem com os átomos dentro das nuvens de tempestade, criando os raios-X e raios gama. Estas colisões gerariam uma reação em cadeia que seria a base para o relâmpago negro.
J. Eric Grove, do Laboratório de Pesquisa Naval, em Washington (EUA), aponta que os disparos de raios-gama descritos pelo modelo de Dwyer são bastante semelhante às emissões observadas por satélites sobre nuvens de tempestade.
Porém, as observações são de raios mais fortes do que o previsto pela teoria de Dwyer, ou seja, ao mesmo tempo que se confirma a existência dos relâmpagos negros, uma nova dose de mistério é acrescida.
O novo Telescópio Espacial de Raio Gama Fermi pode ajudar a resolver este mistério, ao permitir a coleta de mais informações. 

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