ONU pede a Israel para abrir as sua instalações nucleares para Inspeção A resolução da ONU, aprovada na segunda-feira, dia 03 de de...
ONU pede a Israel para abrir as sua instalações nucleares para Inspeção
A resolução da ONU, aprovada na segunda-feira, dia 03 de dezembro, por 174 votos de países a favor e 6 contra, com 6 abstenções, exorta e cobra Israel a aderir ao Tratado Nuclear de Não-Proliferação de Armas Nucleares”’ sem demora e que abra as suas instalações nucleares (em Dimona, no Deserto do Neguev) à inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica. Os únicos seis países que votaram ‘ não” foram Israel, os EUA, Canadá, Ilhas Marshall, Micronésia e Palau.
Tradução e imagens: Thoth3126@gmail.com
ONU pede a Israel para abrir as sua instalações nucleares para Inspeção
Fonte: http://www.boston.com
Por Edith M. LEDERER - Associated Press
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) – A Assembléia Geral da ONU aprovou por maioria esmagadora uma resolução pedindo a Israel para abrir rapidamente o seu programa nuclear para inspeção e apoiando uma conferência de alto nível sobre a proibição de armas nucleares no Oriente Médio que estava cancelada.
Todas as nações árabes e mais o IRÃ tinham planejado assistir à conferência, agora em meados de dezembro, em Helsinque, na Finlândia, mas os Estados Unidos anunciaram em 23 de novembro de que não participará, citando a turbulência política na região e a postura desafiadora do IRÃ sobre o cumprimento do tratado de não-proliferação nuclear. O IRÃ e alguns países árabes responderam que a verdadeira razão para o cancelamento da conferência foi à recusa de Israel em participar do evento.
A planta nuclear de ISRAEL, em Dimona, no Deserto do Neguev.
A resolução da ONU, aprovada na segunda-feira, dia 03 de dezembro, por 174 votos de países a favor e 6 contra, com 6 abstenções, exorta e cobra Israel a aderir ao Tratado Nuclear de Não-Proliferação de Armas Nucleares”’ sem demora e que abra as suas instalações nucleares (em Dimona, no Deserto do Neguev) à inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica. Os únicos seis países que votaram ‘ não” foram Israel, os EUA, Canadá, Ilhas Marshall, Micronésia e Palau.
As resoluções aprovadas pelos 193 países membros pela Assembléia Geral da ONU não são juridicamente vinculativas, mas elas refletem a opinião mundial e têm um peso moral e político.
Israel se recusa a confirmar ou negar que tem bombas nucleares, mas o mundo acredita que o estado judeu tem um arsenal nuclear de bombas atômicas. Israel se recusou e se recusa a aderir ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear, ou TNP, juntamente com mais três potências nucleares – Índia, Paquistão e a Coréia do Norte.
A proposta árabe para criar uma zona livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio, e para pressionar Israel a desistir de seu arsenal não declarado de talvez cerca de 80 ogivas nucleares, foi aprovado em uma conferência do TNP, em 1995, mas nunca foi executado até agora. Em 2010, os 189 signatários do tratado de 1970 pediram a convocação de uma conferência em 2012 sobre o estabelecimento de uma zona livre de armas de destruição em massa no Oriente Médio.
A resolução, que foi aprovada pelo comitê de desarmamento nuclear da assembléia geral antes da conferência ter sido cancelada, observou “com satisfação” a decisão de realizar a conferência. Mas Israel há muito disse que primeiro deve haver um acordo de paz no Oriente Médio antes do estabelecimento de uma zona livre de armas de destruição em massa na região. As Nações muçulmanas da região argumentam que o arsenal nuclear de bombas atômicas não declarado de Israel representa a maior ameaça à paz (e à vida) na região.
Em outubro de 1986, Mordechai Vanunu, um ex-técnico nuclear, entregou ao jornal Sunday Times de Londres, fotografias que havia tirado DE DENTRO do Centro de Pesquisa Nuclear do Negev, próximo à cidade de Dimona, no deserto do Sinai em ISRAEL. Depois que a história de Vanunu foi publicada pelo jornal inglês, agentes do Mossad sequestraram-no em Roma, onde passava férias, e o levaram de volta a ISRAEL. Vanunu então foi sentenciado e cumpriu pena de 18 anos de prisão, 11 dos quais em confinamento (solitária).
O governo israelense não comentou de imediato sobre a votação de segunda-feira da Assembléia Geral desfavorável à sua posição. Na semana passada, a Assembléia Geral aprovou que os palestinos sejam um Estado observador não-membro da ONU, endossando a criação de um Estado palestino independente na Cisjordânia, Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza (contrária às posições de Israel).
Apenas antes da votação de segunda-feira, o diplomata iraniano Khodadad Seifi disse à assembléia “da ONU a verdade de que o regime israelense é o único partido que rejeitou as condições para uma conferência.” Ele pediu uma forte pressão sobre esse regime de Israel para esse país participar da conferência sem quaisquer condições prévias.’
O diplomata de Israel Isi Yanouka disse que seu país tem continuamente apontado para o perigo da proliferação nuclear no Oriente Médio, destacando o IRÃ e a Síria pelo nome.
” Todos esses casos desafiam a segurança de Israel e lançam uma sombra escura com a perspectiva de iniciar um processo de ameaça significativa a segurança regional,’‘ disse ele.
” O fato de que os patrocinadores incluem nesta resolução anti-Israel referindo-se à conferência de 2012 demonstra acima de tudo a má (??) intenção dos estados árabes com relação a esta conferência,’‘ disse Yanouka.
O diplomata da Síria Abdullah Hallak disse à assembléia que seu governo estava com raiva de que a conferência não ia ter lugar por causa do ”capricho de apenas um governo, um governo israelense com ogivas nucleares.”
” Pedimos à comunidade internacional para pressionar Israel a aceitar o TNP, a se livrar de seu arsenal e seus sistemas de ataque nuclear, de forma a permitir a paz e estabilidade na nossa região’‘, disse ele.
Os principais patrocinadores da conferência são os EUA, a Rússia e a Grã-Bretanha. O Ministro britânico das Relações Exteriores, Alistair Burt disse que a conferência está sendo adiada, não cancelada.
Enquanto os Estados Unidos votaram contra a resolução, o país votou a favor de dois parágrafos que foram colocados para votação em separado. Ambos apóiam a adesão e o apoio universal ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares-TNP, e apelam aos países que não são partes signatárias a ratificarem-no, ”o mais rapidamente possível.” Os dois votos contrários sobre esses parágrafos foram de Israel e a Índia.
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