WASHINGTON, EUA — Enfrentando a possibilidade de ataques do Estado Islâmico, vilas cristãs no Vale de Bekaa do Líbano estão formando milí...
WASHINGTON, EUA — Enfrentando a possibilidade de ataques do Estado Islâmico, vilas cristãs no Vale de Bekaa do Líbano estão formando milícias, que estão sendo treinadas pelo Hezbollah, uma organização xiita muçulmana que tem o apoio do Irã, confirmou um novo relatório de inteligência do Boletim G2 do Joseph Farah.
Cidades cristãs no Líbano ameaçadas pelo ISIS |
Alarmados pelos jihadistas sunitas da Síria, o Hezbollah não só está treinando milícias cristãs, mas está também colocando as milícias cristãs que estão prontas ao lado dos combatentes do Hezbollah, as fontes informam.
“A batalha de Qalamoun está chegando,” disse o xeique Naim Qassem, representante do Hezbollah.
Ele disse que a batalha é sobre proteger vilas libanesas.
Por ora, o exército libanês vem frustrando os ataques na região em torno da cidade cristã de Ras Baalbek, que tem uns 8.500 residentes e está a apenas 40 quilômetros da cidade romana histórica de Baalbek.
Tem havido ataques em torno de Baalbek e perto de Britel em áreas controladas pelo Hezbollah xiita apoiado pelo Irã, mas, até o momento, os ataques dos jihadistas sunitas têm fracassado.
Bem no meio do território controlado pelos xiitas, Baalbek, que se acredita ter a data de 9.000 anos, tem resistido a séculos de ataques de bárbaros, gregos e romanos. A cidade foi outrora dada como presente pelo general romano Marco Antonio para sua amante, a rainha do Egito.
Ras Baalbek, na parte do norte do Vale de Bekaa, é uma região cristã do país. Nusra e ISIS buscam mirá-la como um ponto de partida para outras antigas cidades cristãs na Bekaa central tal como Zahle, Firzel, Ablah e Drous.
Uma fonte libanesa disse ao G2 que ele está confiante em que o ISIS “não poderá mais realizar operações de ataques relâmpagos.”
Na região predominantemente cristã, combatentes islamistas têm ameaçado atacar igrejas e os próprios cristãos. Em resposta, os residentes estão fazendo uso de armas.
“Se o Hezbollah não existisse, teria sido necessário criá-lo,” disse Albert Mansour, um ex-ministro governamental que reside em Ras Baalbek. “A existência do partido faz com que o povo — inclusive sunitas, xiitas e cristãos da região — se sinta seguro em face dessa formação estranha,” se referindo à presença dos combatentes jihadistas sunitas.
“Aliás, os cristãos de Ras Baalbek e os militantes apoiados pelo Irã são absolutamente amistosos uns com os outros,” disse Alessandria Mais, do jornal International Business Times.
Estimativas de combatentes fortemente armados do ISIS e Nusra prontos para atacar cidades cristãs na região variam de 4.500 a 6.000.
Traduzido por Julio Severo do artigo original do WorldNetDaily: Muslims now training Christian militias
Fonte: www.juliosevero.com
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