Ela pode ser sinal de forte tempestade, trazer chuva de granizo ou ir embora sem derrubar um pingo d'água. Só uma coisa é certa para...
Ela pode ser sinal de forte tempestade, trazer chuva de granizo ou ir embora sem derrubar um pingo d'água. Só uma coisa é certa para a nuvem chamada pelos meteorologistas de mammatus: ela deixa as fotos mais bonitas.
Caso você veja uma no céu, aproveite. Elas não são muito comuns e podem ficar dois anos ou mais sem aparecer. "Parece um monte de bexigas de aniversário que penduram no céu", exemplifica o professor de meteorologia da USP, Mário Festa.
Não se sabe se era alguma surpresa preparada por São Pedro, mas as tais "bexigas" apareceram no céu de Chopinzinho, no Paraná (380 km de Curitiba), na semana passada. O fenômeno chamou a atenção da população, gerou debate nas redes sociais e, como não poderia faltar, rendeu ótimas fotos.
Quer dizer, acertou em parte. O professor Mário Festa explica que elas podem estar associadas a tempestades quando acompanhadas pela temida cumulonimbus, gênero de nuvem que provoca as fortes chuvas, inclusive de granizo.
Mas a mammatus também pode acompanhar nuvens mais suaves, que não trazem chuvas. É que elas não são gêneros específicos de nuvem. "A mammatus é um acessório que diferentes nuvens mostram em determinadas configurações", diz Festa.
Vem tempestade?
O jeito é reparar melhor nos sinais que o céu dá, uma vez que a mammatus pode ou não vir acompanhada de nuvens de chuva. "Precisa escutar se tem trovão, ver se tem raio ou observar se cai granizo. Se tiver algum desses sinais, aí é porque temos uma cumulonimbus com base de mammatus", diz ele.
Por dentro das nuvens
Mammatus vem de uma palavra em latim que significa "seio", como o leitor já deve ter desconfiado. "Ela possui um formato de "sino ao contrário" e acontece com alterações bruscas do tempo", diz Mário Festa.
O que provoca a formação das bolotas são as correntes ascendentes e descendentes de ar. Elas formam espécies de "cristas": onde a pressão é maior, há depressão (na base) e onde é menor, há o afundamento.
"É como as ondas do mar. Mas no mar, vemos as ondas por cima. No céu, vemos elas por baixo", conclui o professor.
fonte:http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2015/10/28/conheca-a-mammatus-a-nuvem-rara-e-boa-de-fotografar-que-apareceu-no-parana.htm#fotoNav=8
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