Desastre em Mariana: algumas perguntas sem resposta sobre rompimento de barragem O rompimento de duas barragens de lama so...
Desastre em Mariana: algumas perguntas sem resposta sobre rompimento de barragem
O rompimento de duas barragens de lama soterrou um distrito da cidade histórica de Mariana, em Minas Gerais, nesta quinta-feira (05/11), deixando um número ainda incerto de mortos e feridos.
Segundo o chefe dos bombeiros de Mariana, Adão Severino Júnior, ao menos 17 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas em consequência do rompimento das barragens, que continham resíduos de um complexo de mineração. Pelo menos 40 pessoas continuam desaparecidas. Ainda não há números oficiais de vítimas.
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Tremor foi de magnitude 2,5º graus na escala Richter. Quatro agentes do departamento estão no local. Segundo o órgão, é impossível prever abalos tão pequenos. Ainda não é possível garantir que deslizamento de barragem tenha sido provocado pelo fenômeno.
Bento Rodrigues, na cidade histórica de Mariana, é atingido por uma enxurrada de resíduos de mineração. Bombeiros dizem que ao menos 17 pessoas morreram. Barragens rompidas pertencem às mineradoras Vale e BHP Billiton.
O rompimento de duas barragens de uma mineradora liberou uma enxurrada de lama que causou grande destruição em um distrito de Mariana, em Minas Gerais, e deixou pelo menos um morto.
As barragens de Fundão e Santarém, da mineradora Samarco, entre os municípios de Mariana e Ouro Preto, se romperam na quinta-feira à tarde, e liberaram uma onda de lama que teria chegado a 2,5 m de altura.
Moradores relataram um cenário de devastação no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, o mais atingido, a cerca de 2 km do rompimento. Há relatos de desaparecidos e pessoas ilhadas, mas o número real de vítimas ainda é desconhecido.
Veja abaixo algumas perguntas ainda sem resposta sobre o desastre.
O que causou o rompimento?
A Samarco disse ter registrado dois pequenos tremores na área duas horas antes do rompimento, por volta das 16h20 de quinta-feira, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Mariana.
Não se sabe o que teria causado estes tremores – se seriam abalos sísmicos ou a força do próprio rompimento.
A empresa inicialmente informou que apenas uma barragem havia se rompido, a de Fundão, mas informou à noite que uma segunda barragem, a de Santarém, também sofreu ruptura.
Em comunicado divulgado em sua página no Facebook nesta sexta-feira, a empresa disse que “não há confirmação das causas e a completa extensão do ocorrido” e que “investigações e estudos apontarão as reais causas”.
Segundo a Samarco, a última fiscalização das barragens pela Superintendência Regional de Regularização Ambiental (Supram) foi em julho deste ano e indicou que elas estavam em “totais condições de segurança”.
A lama pode ser tóxica?
Sabe-se que as barragens continham água e rejeitos de minério de ferro. A maioria deste material é considerada de baixo potencial poluidor, segundo artigo da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto.
A empresa disse nesta sexta que o rejeito é inerte. “Ele é composto, em sua maior parte, por sílica (areia) proveniente do beneficiamento do minério de ferro e não apresenta nenhum elemento químico que seja danoso à saúde”.
Especialistas seriam enviados à área nesta sexta-feira para avaliar o material que vazou.
Há risco de novos rompimentos?
O Corpo de Bombeiros estaria monitorando uma terceira barragem para verificar o risco de rompimento.
Não é a primeira vez que barragens se rompem em Minas Gerais. Em 2014, um acidente em Itabirito, a cerca de 60 km de Belo Horizonte, deixou três trabalhadores mortos.
Quantas pessoas podem ter sido afetadas?
O distrito de Bento Rodrigues tem cerca de 600 moradores.
Outros vilarejos foram atingidos pela lama e a estimativa é de que até 2 mil pessoas possam ter sido afetadas. Mas estes moradores foram alertados e tiveram tempo de buscarem abrigo.
A Prefeitura de Mariana confirmou um morto, mas este número pode subir.
Por que informações de vítimas são conflitantes?
Alguns veículos de comunicação falaram em números mais altos de mortos – citando fontes não oficiais.
A incerteza se deve em parte ao acesso restrito ao distrito de Bento Rodrigues, realizado apenas por helicóptero. Imagens aéreas de TV mostraram casas completamente destruídas e soterradas por lama.
Moradores relataram haver vários desaparecidos e pessoas ilhadas. As operações aéreas de resgate seriam retomadas nesta manhã.
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