Dr. Brian Clowes Comentário de Julio Severo: Conheci o Dr. Clowes uns 15 anos atrás num treinamento pró-vida especial em Brasília. Dur...
Dr. Brian Clowes
Comentário de Julio Severo: Conheci o Dr. Clowes uns 15 anos atrás num treinamento pró-vida especial em Brasília. Durante alguns dias, aprendi com seu extraordinário conhecimento pró-vida, que todos nós precisamos. Portanto, estou lhes trazendo um pouco de sua sabedoria pró-vida em seu artigo sobre o NSSM 200. Se você não conhece este documento, você deveria conhecer, pois, como diz o Dr. Clowes, o “NSSM 200 é decisivamente importante para todos os líderes pró-vida do mundo inteiro, pois expõe completamente as motivações e métodos repulsivos e antiéticos do movimento de controle populacional.” Todos os líderes pró-vida do mundo precisam conhecê-lo, pois é impossível compreender as atuais campanhas pró-aborto obsessivas sem entender a influência do NSSM 200.
É leitura imprescindível. Para os leitores brasileiros, o que é impressionante nesse documento nefasto é que foi lançado por um governo americano do Partido Republicano, que é visto como de Direita. Todos nós sabemos que os políticos americanos do Partido Democrático são pró-aborto e inconfiáveis quando estão no poder. Veja o exemplo de Barack Obama. Mas será que os republicanos são confiáveis? Eles nunca colaboram em tramas de controle populacional? Lamentavelmente, o NSSM 200 mostra o contrário. Portanto, quer sob os republicanos ou democratas, a máquina de controle populacional do governo dos EUA avança. É claro que Ronald Reagan foi uma exceção maravilhosa. Em 1992 fui convidado por um assessor pró-vida no Senado brasileiro para traduzir do inglês os trechos cruciais, que foram então distribuídos entre os senadores brasileiros. Eis o artigo do Dr. Clowes:
O PROPÓSITO DO NSSM 200
O propósito principal das campanhas de controle populacional financiadas pelos EUA é manter acesso aos recursos minerais de países menos desenvolvidos, ou PMDs. O NSSM 200 diz que a economia dos EUA precisará de quantidades grandes e crescentes de minérios do exterior, principalmente de países menos desenvolvidos… Esse fato faz com que os EUA tenham interesses avançados na estabilidade política, econômica e social dos países que suprem os minérios. Sempre que a diminuição da população por meio de índices de natalidade reduzidos aumentar as chances de tal estabilidade, as políticas de controle populacional se tornam relevantes para os suprimentos de recursos e para os interesses econômicos dos EUA.
* a legalização do aborto;
* doutrinação de crianças; e
Esse documento, que é completamente desprovido de moralidade ou ética, vem de modo direto e inevitável incentivando atrocidades e violações em massa de direitos humanos em dezenas de países do mundo. Apresento apenas três exemplos:
Peru. Durante os anos de 1995 a 1997, aproximadamente 250.000 mulheres peruanas foram esterilizadas como parte de um plano para cumprir as metas de planejamento familiar do então presidente Alberto Fujimori. Embora essa campanha fosse chamada de “Campanha de Contracepção Cirúrgica Voluntária,” muitos desses procedimentos eram obviamente feitos à força. Aliás, as mulheres cujos filhos abaixo do peso normal estivessem em programas governamentais de alimentação eram ameaçadas com a negação de alimentos se recusassem ser esterilizadas, e outras eram raptadas de suas famílias e esterilizadas à força.
China. Por muitos anos, o governo dos EUA vem financiando o Fundo de População da ONU (FNUAP). Um dos principais objetivos do dinheiro do FNUAP é a República Popular da China e seu programa de planejamento familiar amplamente criticado que inclui aborto forçado. De acordo com seus próprios documentos, o FNUAP doou mais de 100 milhões de dólares para o programa de controle populacional da China; comprou e produziu um complexo de computadores IBM especificamente para monitorar o programa de controle populacional; providenciou a especialização técnica e técnicos que treinaram milhares de autoridades de controle populacional na China; e presentou a China com um prêmio da ONU pelo “programa de controle populacional mais extraordinário” do mundo.
Uganda. Uganda se tornou o primeiro país africano a reduzir seu índice de infecção do HIV na população adulta, de 21 por cento em 1991 para seis por cento em 2004, uma redução de 70 por cento. A nação realizou essa façanha estupenda desestimulando o uso da camisinha e mudando a conduta do povo. As organizações de controle populacional não poderiam permitir que esse sucesso interferisse no seu modelo inflexível, de modo que minaram agressivamente a campanha do presidente Yoweri Museveni. Timothy Wirth, presidente da Fundação Nações Unidas, chamou essa campanha muito eficaz de “negligência grave contra a humanidade.” A Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID), Population Services International, CARE International e outras organizações estão impondo a camisinha com todas as forças em Uganda, e o índice de infecção do HIV está mais uma vez avançando. Esse talvez seja o exemplo mais chocante da ideologia do controle populacional superando a ciência de comprovadas campanhas de prevenção ao HIV.
RESUMO DA ESTRATÉGIA DE CONTROLE POPULACIONAL NO NSSM 200
Os Estados Unidos precisam de abundante acesso aos recursos minerais dos países menos desenvolvidos.
O fluxo fácil de recursos para os Estados Unidos poderiam ser colocados em risco por ação de governos de países menos desenvolvidos, conflitos trabalhistas, sabotagem ou agitações civis, que são muito mais prováveis se o crescimento populacional for um fator: “Esses tipos de desapontamentos têm muito menos probabilidade de ocorrer sob condições de crescimento populacional lento ou zero.” Os jovens têm muito mais probabilidade de desafiar o imperialismo e as estruturas de poder do mundo, de modo que é preciso reduzir seus números o máximo possível: “Esses jovens podem ser mais prontamente persuadidos a atacar as instituições legais do governo ou propriedade real das ‘elites,’ dos ‘imperialistas,’ das empresas multinacionais ou outras influências — na maior parte estrangeiras — culpadas por seus problemas.”
Os elementos decisivos da implementação do controle populacional incluem:
Identificar o alvos principais: “Esses países são: Índia, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, México, Indonésia, Brasil, Filipinas, Tailândia, Egito, Turquia, Etiópia e Colômbia.”
Reconhecendo que “Nenhum país reduziu seu crescimento populacional sem recorrer ao aborto.”
Planejando campanhas com incentivos financeiros para países para aumentar seus índices de uso de aborto, esterilização e contracepção: “Pague mulheres nos países menos desenvolvidos para ter abortos como método de planejamento familiar… De forma semelhante, tem havido alguns experimentos polêmicos, mas extraordinariamente bem-sucedidos, na Índia em que incentivos financeiros, junto com outros truques motivacionais, foram usados para levar grande número de homens a aceitar vasectomias.”
Considerando o uso da coerção em outras formas, tais como negar assistência de alimentos e ajuda em tempo de desastre, a menos que um país menos desenvolvido que é alvo implemente campanhas de controle populacional: “Em que base devemos então fornecer tais recursos alimentícios? A comida deveria ser considerada um instrumento de poder nacional? Seremos forçados a fazer escolhas quanto a quem podemos de modo aceitável ajudar, e se ajudarmos, iniciativas de controle populacional deveriam ser um critério para tal assistência?”
O ponto 6 acima tem de ser muito destacado. A motivação para fomentar o controle populacional é egoísmo puro. Portanto, as organizações que promovem o controle populacional têm de se engajar numa campanha em massa para enganar as pessoas. Elas têm de apresentar seus planos como se fossem iniciativas para apoiar a liberdade pessoal, ou uma preocupação com o bem-estar das nações pobres.
A PERGUNTA BÁSICA: O CONTROLE POPULACIONAL É NECESSÁRIO?
Há uma consciência crescente de que a “explosão populacional” do mundo acabou ou, aliás, que realmente nunca se concretizou. Quando o pânico da explosão populacional começou no final da década de 1960, a população mundial estava aumentando a uma taxa de mais que dois por cento ao ano. Agora, está aumentando menos de um por cento ao ano, e de acordo com as expectativas esse crescimento vai parar no ano 2040, daqui a apenas uma geração.
O NSSM 200 predisse que a população do mundo se estabilizaria em cerca de 10 a 13 bilhões, com alguns demógrafos predizendo que a população mundial incharia para 22 bilhões de pessoas. Hoje sabemos que a população do mundo alcançará oito bilhões e então começará a diminuir.
Desde o início, o conceito de uma “explosão populacional” tinha motivações ideológicas, dando um alarme falso com a intenção específica de permitir que os países ricos pilhassem os recursos dos países mais pobres.As campanhas consequentes de controle populacional nos países menos desenvolvidos não produziram absolutamente nenhum fruto positivo em suas décadas de implementação. Aliás, as ideologias e campanhas de controle populacional dificultam ainda mais o esforço de dar respostas à grave crise iminente que está se aproximando na forma de uma desastrosa “implosão populacional” no mundo inteiro. É hora de começar a insistir para que as famílias tenham mais filhos, não menos, se queremos evitar uma catástrofe demográfica mundial.
O NSSM 200 não enfatiza os direitos e o bem-estar de indivíduos ou nações, apenas o “direito” dos Estados Unidos de ter acesso irrestrito aos recursos naturais dos países em desenvolvimento. Os Estados Unidos e outros países do mundo desenvolvido, assim como ONGs de controle populacional de motivação ideológica, deveriam estar apoiando e orientando autêntico desenvolvimento econômico que permita que as pessoas de cada país usem seus recursos para seu próprio benefício, com isso levando a uma melhoria dos direitos humanos no mundo inteiro e economias mais saudáveis para todos.
Nenhum relacionamento humano é mais chegado ou mais íntimo do que os relacionamentos que vemos na família. Contudo, o mundo “desenvolvido” tem gasto mais de 45 bilhões de dólares desde 1990 apenas tentando controlar o número de crianças que nascem nas famílias dos países em desenvolvimento por meio da imposição generalizada do aborto, esterilização e controle da natalidade sob os termos gerais “serviços de planejamento familiar” e “saúde reprodutiva.”
Tudo o que dezenas de bilhões de dólares de gastos de controle populacional conseguiram fazer foi transformar centenas de milhões de famílias pobres grandes em famílias pobres pequenas. Se essa quantidade colossal de recursos financeiros tivesse em vez disso sido investida em autêntico desenvolvimento econômico — melhores escolas, água de beber, estradas, assistência médica — centenas de milhões de pessoas estariam vivendo melhor agora.
Traduzido por Julio Severo do artigo de Vida Humana Internacional: Exposing the Global Population Control Agenda
Fonte: www.juliosevero.com
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