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DARPA EUA 2016 ESTADOS UNIDOS TESTAM ROBÔ CO-PILOTO PARA FUTURO

VÍDEO: ESTADOS UNIDOS TESTAM ROBÔ CO-PILOTO Projeto tem como meta reduzir carga de trabalho dos pilotos humanos, mas pode implicar em  redu...

VÍDEO: ESTADOS UNIDOS TESTAM ROBÔ CO-PILOTO
Projeto tem como meta reduzir carga de trabalho dos pilotos humanos, mas pode implicar em
 redução nas tripulações no futuro



Equipamento cuidará de funções corriqueiras, liberando pilotos humanos para tarefas mais complexas

Fronteira tecnológica, a aviação sempre foi um berço de ideias que acabaram replicadas em 
outros setores. A automação do trabalho dos pilotos, por exemplo, é cada vez maior a ponto 
de certos procedimentos serem totalmente gerenciados por sistemas em vez de seres humanos. 
Mas um projeto da DARPA, a agência de projetos avançados de defesa dos Estados Unidos, 
promete causar polêmica. Ele prevê que as aeronaves num futuro próximo passem a contar 
com um co-piloto robô.
09/11/2016


É isso mesmo. Não se trata de um sistema automatizado, mas de um equipamento capaz de 
ajudar o piloto nas funções mais variadas a bordo e o mais importante – independentemente
 do modelo de avião ou helicóptero. É justamente esse o diferencial do projeto, batizado
 de ALIAS: Aircrew Labor In-cockpit Automation System, ou Sistema de automação
 do trabalho da tripulação no cockpit, numa tradução livre.

Como seu objetivo primário é equipar as aeronaves das forças militares americanas, 
um co-piloto robô pode ajudar a liberar tempo para que a tripulação se concentre nas 
tarefas mais importantes das missões como reconhecimento, vigilância ou análise de 
campo. Além de mais produtiva, a tripulação também terá a carga de stress reduzida
 ao não ter que monitorar e agir de acordo com centenas de informações disponíveis.

Projeto Alias deve eliminar necessidade de co-pilotos


A empresa Aurora Flight Sciences é uma das contratadas do projeto Alias e testa no momento 
o robô em dois tipos de avião, num pequeno bimotor a pistão, o Diamond DA42, e num 
monomotor turbo-hélice Cessna Caravan – a terceira aeronave será um helicóptero Bell UH-1
 que está sendo preparado. Um vídeo do robô em ação foi publicado no Youtube nesta semana
 e mostra o sistema atuando em várias situações de voo.

Ele consiste de dois braços mecânicos, um conectado ao eixo do manche, e outro que
 trabalha acionando botões e alavancas no centro do cockpit. O piloto humano apenas
 observa o trabalho e pode desligá-lo ou mudar alguma configuração por meio de um 
tablet suspenso à sua esquerda (veja abaixo).
Vôo por tablet


A outra competidora no projeto é a Sikorsky, conhecida pelos helicópteros de grande porte.
 A empresa adaptou um modelo S-76 para que realizasse um voo completamente autônomo 
operado apenas por um tablet. O helicóptero voou por 48 km sem a intervenção física de um 
dos pilotos, apenas comandado pelo outro membro da equipe que estava a bordo por segurança.

A próxima fase do projeto Alias pretende aprimorar as câmeras que monitoram os instrumentos
 e introduzir o comando por voz para que o piloto possa ordenar o robô a executar algumas tarefas.
 O sistema também tem uma capacidade muito maior de observar vários mostradores do painel
 e identificar rapidamente algum indício de falha se comparado ao ser humano.

Se o Alias, de fato, tornar-se operacional, o que parece bastante provável, será questão de tempo 
até que ele chegue à aviação civil causando polêmica ao ter potencial para eliminar milhares de 
empregos de tripulantes. Na prática, é algo que já vem acontecendo com o avanço da tecnologia 
– os primeiros aviões comerciais de longo alcance eram tripulados por navegadores, engenheiros
 de voo e operadores de rádio, para citar alguns exemplos. Hoje alguns jatos executivos têm
 apenas um piloto homologado para voá-los.

A agência deixa claro que o co-piloto robô tem a missão de ajudar os pilotos humanos e que nunca
 os substituirá: “Nós podemos aumentar a segurança hoje sem que retirar ninguém do cockpit”,
 garantiu John Langford, CEO da Aurora, à revista americana Aviation Week. Ele só não 
explicou o que estaria fazendo o co-piloto humano enquanto o robô assume seu lugar.

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